segunda-feira, agosto 28, 2006

Pedaços de...

- Estás a ver? Por vezes, a vida prega-nos partidas!

A Mariana era hilariante. E tinha a mania destas frases feitas, tão sábia e ordeiramente utilizadas num caos ao ponto de, por incrível que pareça, fazerem mesmo sentido.

- Tu e a tua capacidade de te pareceres como a minha mãe. – Rematei, sabendo que a comparação lhe despoletaria algum desconforto ou insegurança.

Dez horas da manhã e eu já com o trabalho despachado. Assunto por assunto escrupulosamente organizados para inveja dos que me rodeiam. Limpei a parafenália de artigos e revistas da secretária, verifiquei pela enésima vez a agenda electrónica, confirmei todos os emails recebidos e chamadas gravadas e até reguei a tímida e sedenta planta cujas secas e escuras folhas acusavam descaradamente o meu descuro. Fito mais uma vez o ecrã. Os cabelos emaranhados pelo vento. Não foi assim há tanto tempo.

- Mas onde é que tu vais? – Bolas! O Bernardo sabe mesmo ser inconveniente. Lá por um tipo ter tudo não quer dizer que tenha de saber de tudo. Ajeitou o colarinho da camisa de algodão impecavelmente desenhada e talhada para o seu corpo. Sorriu, mostrando a dentadura branca e perfeitamente alinhada a custo de muitos anos de visitas ao dentista. – Não me diga que tem um encontro. Ou será uma emergência profissional? A Dra. Catarina consegue sempre surpreender-mos. Mal a vemos, mas no entanto ainda este mês foi nomeada como a criativa do ano. Como não dorme, as alucinações trazem-lhe ideias fantásticas, enquanto os restantes dos comuns mortais atiram dezenas de ideias para o lixo. - Aproxima-se do meu ouvido e sussurra - Precisa de descansar e de relaxar, querida. Talvez se aceitasses o meu convite para jantar…

- Se, em vez de se preocupar em debitar graçolas a meu respeito, canalizasse essa energia para a campanha, teria muito mais sucesso, meu querido! - Esbocei forçosamente um sorriso enjoado, peguei na mala e saí.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Mood...


Passei o dia a ouvir 50 cent e LL Cool J.

Ficam aqui algumas das minhas preferidas.

Divirtam-se!

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Eu ouviiiii um passarinho...


Hoje recebi um email sobre o "ir à terra" e os "encantos" do turismo rural e não pude deixar de fazer as seguintes considerações...
Quando era miúda e ia à terra (Alentejo) toda a gente dizia "q' horror", não são lisboetas, que seca... tudo tão parado, tão pouco desenvolvido!!! Pelo menos, o Norte sempre tem mais coisas, tem outros encantos...

Agora, se o digo, já é fino... Vais ao Alentejo? Uaaauuu! Tens lá um monte? Que chique! Aquilo é que é vida...

Mas lá que os Alentejanos gozam com os lisboetas de fim-de-semana, gozam! E fazem eles muito bem! Sobretudo com aqueles que compram lá casa e depois dizem aos amigos "este fim-de-semana vou à terra". Hello??!!! A terra deles é Lisboa!!!!

Perguntem-lhes lá o que distingue as vacas pretas e brancas das castanhas ou 1 toiro de um boi, como se fazem as azeitonas ou até mesmo o que são caquises, carrasquinhas e catacuzes!

E depois enchem as Golegãs e outras feiras por aí, trajam de samarra ou capote, sem os saber usar devidamente, usam chapéu com pena de faisão pendurada (ou boina), debitam expressões de marialva sem saber o que realmente significam...

Até as piadas sobre os alentejanos saíram da moda, tal o Alentejo agora é chique!

segunda-feira, agosto 21, 2006

Dancing (dirty)


Estou para aqui a ouvir o clássico...

Now I've had the time of my life
No I never felt like this before
Yes I swear it's the truth
and I owe it all to you

'Cause I've had the time of my life
and I owe it all to you
I've been waiting for so long
Now I've finally found someone
To stand by me
We saw the writing on the wall
As we felt this magical
Fantasy

Now with passion in our eyes
There's no way we could disguise it
Secretly
So we take each other's hand
'Cause we seem to understand
The urgency just remember

You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love because

I've had the time of my life
No I never felt like this before
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you

With my body and soul
I want you more than you'll ever know
So we'll just let it go
Don't be afraid to lose control
Yes I know what's on your mind
When you say, "Stay with me tonight"
Just remember

You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love because

Enquanto me imagino às piruetas com o Patrick Swayze (que não é nada dificil de imaginar), pelo menos despachei tudo e... amanhã... aproveitar!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Quero ver-te gritar...


O ritmo das palavras. A cor do teu cabelo. O teu olhar imenso. O toque da tua pele. A alma repentina. As mãos inquietas. Os lábios impacientes. A pequena luz que se acende. A tua sombra no escuro. A voz que me acorda. Com rouquidão suave. E me leva nos seus braços.

O meu gato preferido


Ontem adormeci, desculpa...

quarta-feira, agosto 16, 2006

Cabelos negros

Caro doutor Serna,

Quero manter-me jovem e moderna, todas as minhas amigas já pintaram o cabelo ou fizeram madeixas, e sentem-se como novas, deverei eu pintar o meu cabelo? De uma leitora devidamente anónima.

Cara leitora,

Uma loura queixava-se-me de anemia, de langor, de não se encontrar. O mais textual de quando me contou foi isso de não se encontrar: “ela não se encontrava”. A sua louridão dava-lhe uma cor rosada, de framboesa pálida, pondo-lhe nos olhos uns fulgores metálicos, como se os olhos fossem dois obscuros escaravelhos de reflexos fusíveis.

De facto, aquela mulher exuberante estava muito frouxamente rosada, parecia um morango seco.

– Não me encontro, doutor… não me encontro…

E eu também não a encontrava. Para dar uma ideia do que aquilo era, teria de dizer que era um doce de geleia à venda numa loja distante, lá para Toledo. Tudo nela estava sumido, distanciado, desvanecido. Nela só viviam os olhos.

“Mas que diabo terá esta mulher?”, repetia-me eu, tentando descortinar este mistério: sendo ela tão granadina, como raio tinha ares de cubana, com aquele envelhecimento de ananás seco com que ficam as cubanas? Chegou a parecer–me, quando ela me falava, que me escrevia, que me estava a escrever do outro lado do mar…

Os remédios para combater a fraqueza, todos os procedimentos e regimes que robustecem uma pessoa, com ela não davam resultado…

– Por que razão terá você este aspecto de mulher que viaja num transatlântico, parecendo o seu cabelo loiro estar entre os fiapos que esvoaçam por sobre a brisa marinha?...
– Não sei… Mas, talvez não me encontre por estar no alto mar a bordo desse navio em que me vê.

Uma tarde, andando eu à volta do seu quarto, “auscultando as paredes” como costumo dizer, vi– me perante um grande porta-retratos de cana, um desses que parecem pequenas cortinas suspensas das paredes, provido de bolsinhas em forma de leque, onde encontrei um retrato que logo lhe mostrei, pedindo que me dissesse quem era.

– É meu – respondeu-me.
– Seu? De quando? Na outra juventude?
– Qual outra juventude? Desta… e muito desta… da única que tive e que ainda há-de durar um bom bocado…
– Mas… - Fiquei a olhar o retrato, comparando-a à fotografia. No estranho contraste que eu tinha notado residia sem dúvida a causa do seu mal. Vejam só! Aquela mulher era uma morena admirável, fogosa, gravada na vida como uma água-forte, e tinha decidido apagar-se tingindo-se de loura.

Ser-se loura ou morena não é um simples capricho, decorre de uma lógica que convém não esquecer e que não se pode suprimir. A louridão era contrária à sua natureza.

– Por que razão oxigenou os seus belos cabelos negros?
– Porque assim sou mais branca e mais rosada, porque assim se vê mais que quero agradar aos homens e divertir-me na vida… Sou mais chamativa.
– Só por isso?
– Pois, só por isso… quer dizer… tenho medo da velhice, e como uma pessoa não se vai pôr a tingir o cabelo na véspera de envelhecer, se eu for sempre loura, nunca hei-de ser velha…
– Muito mal pensado – repliquei eu – A dada altura uma pessoa tem forçosamente de ser velha, sem remissão… Os olhos hão-de turvar-se, a boca mirrar… Quando chegam os cabelos brancos, devemos deixa-los chegar… Seja inteligente e sensata para saber um dia ter cabelos brancos… O resto não interessa nada... Perdoe-me a rudeza, mas gostaria de a convencer de que não há nada mais idiota que uma velha de cabelo pintado… Todo o seu mal tem origem nessa oxigenação do cabelo… É essa louridão que faz que não se encontre… Precisa de se ver morena ao espelho e de viver a vida como morena…

Após algumas réplicas e algumas dúvidas, passaram os dias bastantes para se destingir, e quando por fim voltou a ser a morena que era, a sua juventude e saúde resplandeceram…

– Tinha razão… agora já “me encontro”! – Disse-me ela.

Borboletas...

Quem me conhece sabe que não sou propriamente fã de frases feitas. Mas enquanto dava voltas à cabeça para arranjar forma de salvar um contrato muito mal amanhado, lembrei-me de uma que li há uns tempos.

“Men who have a pierced ear are better prepared for marriage. They've experienced pain and bought jewelry.”

Mas o que é que isto tem a ver com o trabalho? Absolutamente nada! Nada de novo então… a imaginação galopante atrás dos moinhos de vento, para não variar.

Passa-se ao lado do casamento, também para não variar, lembro-me da Mónica e da sua orelha retalhada, que lhe valeu um valente mesito de caretas e respirações sustidas, e por fim chego ao destino, com o Frankenstein, à entrada, de braços abertos a dar as boas vindas. Um mundo caricato, cómico e algo assustador, muito, muito “kitsh”, um mundo que não é o meu mas que me cativa desde a minha primeira visita.

Apetece-me mesmo fazer outra tatuagem. Quem faz uma e gosta quer repetir a dose. E ando há anos nisto. E só compreende quem já o fez. Dizer que a dor física aliada à arte é sobretudo uma catarse espiritual? Que entramos dentro de nós e passamos a conhecer-nos melhor? Não se explica. Faz-se. E geralmente sai-se com um sorriso.

O que é certo é que a vontade é tanta que há dias até sonhei que tinha feito uma pequena borboleta abaixo da barriga, no canto esquerdo. Barriga? Então mas não era para o calcanhar?? Borboletas? Mas nunca achaste piada!! Há coisas que não vale a pena explicar…

Até ando ansiosa para que o Verão acabe, o sol dê lugar à chuva e impossibilite as romarias à praia…

quinta-feira, agosto 03, 2006

terça-feira, agosto 01, 2006

Missing in action??

Estou de volta!

Uffff... preferia que se estivesse estoirado a tv!! Uma pessoa habitua-se a estes mimos...

Nesta altura do campeonato, ficar sem net é como voltar à pré-história LiTeRaLmEnTe!!!

Nada de especial se passou. A não ser nestas duas últimas semanas ter ido treinar ao Vasco da Gama.

Report:

Aulas mais fáceis e de 45 minutos (blerghhhh), pelo que não tive para isso e dediquei-me com afinco ao treino do Pedro (2h30 de sofrimento), espaço mais pequenino e acanhado(foi um subir e descer escadas, faz musculação, agora passadeira, musculação, elíptica, musculação, sprints, quando é que chegam os alongamentos??), mas com 1 piscina magnifica que me fez trocar as voltas ( metade descoberta, com espreguiçadeiras para apanhar sol)... ou seja, trabalhei de manhã e de noite e passei as tardes na soleta.

Belos convívios na piscina... Já estava farta mas vou ter saudades... essa é que é essa... e mudar de ares faz sempre bem. No início detestei aquilo, mas hoje já estou a lamentar por a esta hora não estar a vestir apressadamente o biquini.

Duas semanas de verdadeiras lanzeira, lanzice e torreira. Aquela piscina tornou-se pouco cosmopolita, tornou...

Mas Agosto é Agosto e pede mais uma mudançazita. Não se vai de férias, tiram-se antes uns dias aqui e outros ali e até parece que passamos a vida a espairecer.

Hip hip, hurra! A Susanita está de férias do mestrado. Faltava 1 parceira à altura para as caracoladas!

A partir de amanhã, passo a treinar no Welness. Quem quiser experimentar um treino com vista previligiada que diga qualquer coisa, visto que eu posso levar 1 amigo. Se o Colombo não estiver aberto no dia 1 de Setembro, acho que volto ao Vasco só para aproveitar a piscina (leia-se, torreira, torreira... torreira!)... pode ser que vá reencontrar os novos amigos (Já desejo que não abra e que eu tenha tempo para essas ginásticas de horários...).

E pronto, estou sem vontade de pegar no blog... Eu devia era implodir o pc e passar ao papel que é muito menos disperso e mais romântico! Bolas, é para não dizerem que não sabem nada da minha vida!!

Tenho que agradecer aos simpáticos que entupiram a minha caixa de correio com forwards. Obrigada, obrigada, obrigada! Ainda estou a ver emails...

Algum pedido especial?