quarta-feira, março 31, 2010

Ora, vamos ter cá uma conversinha...


Segunda-feira, faço trinta e um anos. Ouviram bem? Trinta e um. Trinta e um. Trinta e um.

Durante o dia, estarei liminarmente ocupada no Spa do Wellness para um tratamento intensivo a sei lá o quê, que vai desde as algas às pedras quentes, ao chocolate, à cromoterapia e ao negão gostoso.

Durante esse período de tempo, ninguém, repito, ninguém tem autorização para incomodar-me.

Para telefonar.

Para enviar cartões de felicitação. (A não ser choco-telegramas.)

Para fazer sinais de fumo.

Ousem sequer felicitar-me do que for.

Não é pelos trinta e um. (Já toda a gente sabe que estou para as curvas, não necessito de recordar-vos.)

É pelo ano de porcaria.

Portanto, esse dia é O meu dia.

Dia de estar em paz comigo própria.

Dia de paparicar-me.

Dia de substituir, às escondidas, o chá por Macallan com muitos anos, quase tantos quanto eu.

Dia de enfrascar-me com o dito, enquanto a minha pele é envolta por uma matéria viscosa e peçonhenta com cheiro a peixe.

Durante largas horas.

Fossem todos assim.

É, não é?

Espero que compreendam.

Estamos falados, sim?

PS - Listas de aniversário aqui, aqui e aqui.

terça-feira, março 30, 2010

Então, como é?

Ainda vou a tempo de me candidatar ao Super Bock Blog Awards?


(Enfastiadamente, pela enésima vez) Pequenotes e pequenotas,


Ajudem aqui numa dúvida.

Quando entram no blogue existe algum sistema de controlo que vos impeça de visualizá-lo, se não possuírem uma subscrição paga?

Alguma senha?

Alguma promoção "Subscreva por doze meses, pela módica quantia de €250,00 e ganhe o 13º mês"?

Alguma indicação que, de alguma forma, esteja limitada ao vosso escrutínio?

Isto é, economicamente?

À força?

Dever constitucional de vos educar?

Dever social de vos educar?

Mais uma vez, o meu rendimento depende de vocês por via directa ou indirecta do blogue?

Não?

Nada parecido?

Então, sendo assim, não têm nada que se queixar e vomitar "o post está uma porcaria, gosto mais daqueles em que me rio."

Pior ainda se a única coisa que produzem (de escrita ou o que for) é abrir a boca para dizer cocó.

Sim, isso mesmo. Cocó. Críticos da tanga, aqueles que gostam de abusar da palavra "F" , do "Lol " (Nada contra, se for pontualmente empregue.) e das maneiras javardas, ainda assim como se fosse o último chique da Bairrada.

A blogosfera é ilimitada.

Ou pelo menos gigante.

Saiam e busquem a vossa felicidade noutro sítio.

NOUTRO.

Não percam mais tempo.

Tornem-se úteis.

Possuem algum reflexo idiota de aceder à página mesmo que não queiram/gostem ou à espera que um dia melhore? Deixem que vos esclareça: Isso é estúpido! Muito, muito estúpido! Não vai acontecer!

Mais que não seja por não sabermos o que acontecerá no minuto seguinte. Bem vos cai um andaime em cima e a última coisa que fizeram foi ler o meu aborrecido post (tendo reclamado ou não).

Chatinho não é?

Ide.

(Sou tão fofinha)

sexta-feira, março 26, 2010

Não há como não gostar do i can read


Oficialmente, o tempo de fazer asneiras acabou. Nem que seja com a vinda da Primavera, que isto das temperaturas ajudam sempre aqui para os lados, ainda não se vêem mas aguardo os quarenta com veemência e a levantar o rabo da cadeira.
The time starts today, assim como quem ouve a gritar "1, 2, 3... Já está a contar!"
Vamos lá acertar nos botões certos, miúda.
Boa sorte.

quinta-feira, março 25, 2010

Constatações


Estou para a tesão das palavras como os mosquitos estão para as lâmpadas.


Com isto não me refiro de forma alguma a dirty talk, ok?

quarta-feira, março 24, 2010

Aviso


Não, não vou contar-vos o meu primeiro dia de matraquilhos e muito menos porque estou a usar esta pala no olho.
Parece-me que, amanhã, regressarei à dança.

Já vos tinha dito que sou óptima à defesa?




Por razões que aqui não interessam, desde o início do mês tenho feito uma pausa à dança.
Pausa, comme si comme ça, na verdade, foi pausa da academia que frequentava, tenho feito aulas noutra, ainda não encheram uma mão o número de vezes que lá pus os pés.

Não por não gostar, é arejada, bom espírito, boa onda, aulas diferentes, professores diferentes (até moços giros tem, notem bem) e para um carneiro tudo o que é diferente e novidade é visto sempre com muitos bons olhos.
Já sei, um mês sem fazer nada é mais que suficiente para perder o trabalho de um ano, o largar a academia que frequentava é perder outro tanto. Ballet, então, para sumir do corpo...
Agora, afastada, reparo que estou a entrar naquela fase limite. Aquela fase em que algo corre o risco de se transformar num martírio e que muito dificilmente voltarei a pegar-lhe, se não tomar imediatamente medidas drásticas.

Sábado, fui lá, participar na festa surpresa e cantar os parabéns a uma amiga.

Foi aí que apercebi-me. Era o dia da estopada de ballet. Ballet I, ballet II, aula de pontas e Musicais (fora as aulas da manhã que já nem participava). Estavam lá todos, a rigor, de sapatilhas. Gostei muito de os rever. Vontade de fazer a aula? Nervoso miúdinho por ser o dia de ballet e eu não estar a fazer? Nada. Nada mesmo. Parece que já não pertenço e digo isto sem mágua ou pena.

Se, no início do mês, as saudades foram muitas, já não me imagino a fazer pirouettes ou piqués por aquele estúdio.

Isto tudo, caríssimos, para informar que amanhã é dia de novos voos e de iniciar um novo desporto, totalmente diferente mas não menos fisicamente exigente, aliciante e vibrante.

Verdade.

Tudo na vida tem um fim, um início (quem sou eu para filosofias baratas) ou uma evoluição, quanto mais não seja, como neste caso.

Sendo assim, minha gente,

Matraquilhos, aqui vou eu!

Fotos: Ballerina Project, a última fotografada na fábrica da Capezio.

segunda-feira, março 22, 2010

Eu nem quero explorar aqui a imagem do Alfaiate


Mas vamos a votos, meninas (e meninos com bom gosto e tendências para a pilinha), o que escolheriam?

a)



b)


*Só criatividade por estas bandas. Muita.

O que tenho mais gostado ultimamente na blogosfera e mais tem divertido


É ver o mulherio a babar por qualquer coisa escrita pelo Alfaiate, a torcer-se de prazer pelas fotos tiradas pelo Alfaiate, a suspirar pelas fotos do Alfaiate, a deleitar-se com a samarra do pai do Alfaiate, a desejar o cachecol postado pelo Alfaiate, a derreter-se pelo sorriso do Alfaiate, a sorrir com os espirros do Alfaiate, a comover-se com os sentimentos postos a nú pelo Alfaiate, a idolatrar a humanidade do Alfaiate, a ter compaixão pelos defeitos do Alfaiate (tão humanos e irresistíveis), a não falar de outra coisa a não ser os pullovers do Alfaiate, a apaixonar-se pelo sentido estético do Alfaiate, a (novamente) babar pela capacidade lírica do Alfaiate, pela beleza das palavras do Alfaiate, pela beleza do rosto do Alfaiate...

Ok, eu incluída.



sexta-feira, março 19, 2010

Esgotados os prémios dos primeiros comentários,


É melhor começar a pensar num prémio de consolação, para as centenas de comentários que se seguirão.

Não é bem dos sentimentais que preciso mas


Aproveitando o divã, alguém sabe aconselhar-me onde posso gritar qualquer coisa ao mundo sem consequências?

Desde já, excluo:
- O blogue;
- O Facebook;
- A janela do meu quarto;
- O telefone do escritório;
- O metro do Saldanha na hora de ponta;
- A casa da minha vizinha. É surda mas escuso de estoirar-lhe o aparelho auditivo a toda a hora.
Tentarei o Twitter? Não lhe dei grande atenção, foi um filho que brotei no mundo mas deixei morrer à fome, qual bonsai que sacrifiquei para ganhar a mota do Portugal Radical. Aquilo precisa de seguidores, certo? É que para gritar ao mundo é preciso que o mundo exista. Posso contratá-los assim como se fossem figurantes de um anúncio comercial?

Enviem as vossas sugestões para esta caixa de comentários. Os primeiros dez comentários receberão parte da torrada que digeri ao pequeno almoço e está em leilão no Ebay. O vencedor ganhará o título de "O leitor mais fófinho da Alexandra".
De que estão à espera? As minhas palpitantes cordas vocais agradecem.


*Foto: Ballerina Project

terça-feira, março 16, 2010

E se eu quisesse ser muito porca (gaja)


Confidenciar-vos-ia que, durante as arrumações, só em calçado de Verão (excluindo o de praia, , colecção de Havaianas e restante chinelada) contabilizei com mais e mais e mais de meia centena de pares.

O que vale é que não sou nada gaja (porca).

E o meu pai sequer pode sonhar com esta informação... Ouviram? Sequer sonhar!

Hoje ainda não falei mal do meu Walking Closet


Mas acabei de dar uma cabeçada numa peça de mobília.

*Foto: Ballerina Project

Entendo que Deus esteja a querer passar-me uma mensagem


Quando sonho com os empregados "gays mais hype não há" da Blue Man, ali na Visconde de Pirajá.

segunda-feira, março 15, 2010

Resumindo o post anterior VI


Entrar no meu quarto para dormir é como entrar no meu local de trabalho.

Depois, com azar, olho-me no espelho e vejo a patroa.
*Foto: Ballerina Project

Resumindo o post anterior V


Caso haja um tremor de terra, dificilmente sobreviverei.
*Foto: Ballerina Project

Resumindo o post anterior IV


Adeus conseguir entrar e locomover-me no quarto com mais de 50Kgs.
*Foto: Ballerina Project

Resumindo o post anterior III


Adeus espaço. Adeus dançar no quarto como uma louca.
*Foto Ballerina Project

Resumindo o post anterior II

Todos os dias quando acordo julgo estar a ser engolida pela quantidade de tralha no meu quarto.

Resumindo o post anterior

Walking closet é uma merda.

Walking closet

É, basicamente, o sonho de toda a mulher.

Pronto, de muitas mulheres, pelo menos, era um dos meus.

Que acabou de ser realizado na semana passada.

Neste momento, possuo um dos maiores walking closets em Portugal.

Passo a explicar.

A Alexandra, com os seus dotes de super-mulher (Aqui lá vão cair muitas alminhas em como passo o tempo a vangloriar-me de o quão maravilhosa sou.), para além de ser advogada, bailarina, blogger erudita, tinha também uma loja com as coisas mais giras que podem imaginar.

Só que depois veio o papão feio da crise e, por culpa do papão da crise (ou incapacidade abnegada de gestão desta que vos fala), a Alexandra entendeu ser melhor encerrá-la, a bem das suas finanças e saúde mental, e esperar um pouco para que a conjuntura passe e pensar numa reabertura.
E porque é que estou a falar à futebolista, na terceira pessoa? Bom, não sei.

Continuando, sorte a minha que quem fez a decoração da loja fui eu mesma e acabei por aproveitar muitas coisas giras para pôr em casa. Que é como quem diz no quarto, porque ainda habito na casa dos meus pais. Naturalmente, a maioria das peças foi para a arrecadação, ainda assim, não resisti salvar umas para a luz do dia, a saber:

- Um torço feminino forrado a tecido preto com uma base de metal rectangular (daquelas fininhas), giro, giro para pendurar peças de roupa;

- Uma estante quadrangular em Wengué (que tinha, antes, junto ao balcão), excelente para arrumação (IKEA, que tem soluções muito em conta para jovens empresários*);
- Uma estante da mesma linha, desta feita em torre e em branco lacado, com luzes led (também IKEA, que adoro por se misturar com o branco das paredes);

- Duas prateleiras de 1.90m, branco lacado, adivinhem de onde;

-Um charriot em metal (duplo e não o da imagem);

-Uma banqueta com a base em Wengué, forrada a veludo lilás (da Musgo);

- Um candeeiro de mesa com abajur e base em vidro transparente encarnado (adivinhem de onde);

-Três lustres em prata e brilhantes que não faço ideia onde os meter, o que é uma grandessíssima pena mas que quero salvar da ida para a arrecadação),

- Um espelho enorme, com moldura grossa e pesada pintado a prata;
-Variadíssimas molduras;

-E a roupa, pois, mais ou menos centenas de biquinis, peças de fitness, vestidos de festa, peças casual, que necessito ter sempre à mão porque não fechei as vendas.

Portanto, o meu quarto, que outrora permitia espaço para realização de pirouettes e alguns deboulés, basicamente deixou de o ser para se tornar num walking closet.

E está giro, acreditem, muito giro. Ainda quero ir ao Ikea arranjar uma solução para tapar o charriot e, consequentemente, quebrar tanta cor num quarto que, outrora, era pacífico em branco sujo, vengué e azul caraíbas, por outro lado, impedir que as peças apanhem pó (Lembrei-me de um mosquiteiro branco e transparente.) e comprar umas quantas caixas para arrumação.

Como disse, está mesmo giro. Neste momento, organizei a minha própria roupa por estação e cores. O sonho de muitas mulheres. As minhas amigas morrerão de inveja.
Só que é do caraças. Sim, queria um walking closet mas tenho saudades do meu quarto. Queria um walking closet FORA do quarto. A cama, a secretária antiga dos meus bisavós, a escrivaninha, a mesa de cabeceira desaparecem no meio das outras coisas. Volto a dizer, está giro mas acordo sempre com uma vontade de ir às compras. Ou sonho com roupa. Ou que estou no Brasil a escolher peças. Convenhamos que sonhar com o moreno do ginásio é bem mais apelativo.

Tenho cá para mim que hoje começo a ver lojas...




















* Nota: Este post não é publicitário. Ainda estou à espera da resposta da Nestlé. Ainda assim, valha-me o IKEA!

segunda-feira, março 08, 2010

Mini-saia


Pois, desta vez, foi a minha oportunidade de mostrar as pernocas, a convite da Mónica Lice.

Para quem não conhece, a Mónica é a autora do Mini-Saia, um blogue fantástico com excelentes sugestões de moda e beleza.

Podem ver as minhas dicas aqui.

Muito obrigada, Mónica! Adorei participar!

Um grande beijinho.

(Bolas para o fim-de-semana fora, que impossibilitou-me de publicitar esta boa nova a tempo e horas.)

sexta-feira, março 05, 2010

quinta-feira, março 04, 2010

Logo hoje que não dormi nada

* (Passarei a ilustrar alguns posts com trabalhos do Ballerina Project a fim de divulgar e impedir que veja o infeliz fim anunciado. Visitem, vale a pena. Mais ainda, adquiri-los.)

É que tinha que amanhecer este lindo e resplandescente dia de sol, cuja luz os meus olhos inchados, negros e ramelosos não toleram?

Não podia estar um dia chuvoso para passá-lo inteiramente na cama a carpir as minhas mágoas e as daqueles que entenderem que também devem ser choradas?
Quem diz o dia, diz eternamente, até que os lençóis fiquem mal cheirosos e eu perca a barriga de vez por falta de apetite que, simultaneamente, me dará o ar frágil de donzela em apuros e de top model sarada?

Assim, lá terei que sair, ir fazer uma corrida no estádio, ao som dos passarinhos, sorrir às crianças na rua e vestir roupa com cores apelativas?

Bolas, S. Pedro, pá!

*Foto: Ballerina Project

Está mais que feito e comprovado

* (Passarei a ilustrar alguns posts com trabalhos do Ballerina Project a fim de divulgar e impedir que veja o infeliz fim anunciado. Visitem, vale a pena. Mais ainda, adquiri-los.)

Com as desilusões que tenho apanhado com a humanidade (Ainda me espanto com a inexistente/pouca verticalidade das pessoas, em particular das que me rodeiam.), o futuro breve que me espera será transformar-me inteiramente na típica solitária e solteirona trintona, que viverá sozinha, com a companhia de um gato.

Só que, em vez de um gato, terei um piriquito, três papagaios, dois cães, uma tabuleta na aldeia dos macacos, do jardim zoológico, a confirmar a minha qualidade de madrinha, e seis ou sete vasos de petúnias, tulipas e amores-perfeitos, um ou outro cacto selvagem para espantar as visitas.
Nota: Este post não serve para insultar os meus amigos. Serve apenas para insultar os falsos amigos, os interesseiros, os que só lá estão quando é conveniente, os invejosos, em suma, toda a cambada e escumalha que se arrasta neste planeta. (É melhor nem ir para as percentagens.).

(Sim, Jorge pouca-terra, desde que li noutro blogue que consideras o meu maduro, resolvi dar provas vivas do mesmo.)
*Foto: Ballerina Project