domingo, outubro 30, 2011

Cacau - Como moldar uma terrorista numa mariquinhas - Diário em MDCXXVI actos


Tenho passado uns tempos giros e finalmente sei dizer (ok, já o sabia com o Raggae) que tenho um verdadeiro instinto maternal.

Com instinto maternal ou não, a minha solidariedade vai para todos os que têm cão ou gato novo e para as minhas amigas, que se lixe, para todas as mulheres que têm bebés/crianças.

Sim, eu que faço o que quero, posso e mando, tenho sido alvo, não, vítima, séria vitima do que a maioria das pessoas com cães ou filhos pequenos costumam ser: a opinião do espertinho que sabe tudo só porque também tem um.

E o que é a opinião do espertinho (se fosse só um)? São os bitaites e postas de pescada que TODOS gostam de mandar relativamente à educação e relacionamento com o animal/filho. Ora porque sou branda, ora porque sou severa, ou porque tenho de fazer assim, assado, dar uma palmada, "que horror não espanque o animal", sempre mas sempre seguido de "o meu não faz isso" (Pois claro, é um coirão velho que se arrasta e não uma pré-adolescente na flor da idade com a vontade de brincar, correr e saltar de um cavalo de corridas.).

É assim, meus caros, que constato o quanto cresci e amadureci nestes parcos trinta e dois anos. Lá tenho aguentado tudo com um sorriso estóico, silencioso e sereno enquanto, por dentro, os meus pulmões gritam "Estás para aí a falar mas o teu cão foge-te para ir assaltar os contentores do lixo e passa o tempo a tentar acasalar com a tua perna!".

Até as piadolas do(a)s dono(a)s dos tarados dos cães que quiseram pôr-se em cima da minha cadela (ainda a bicha tinha três meses) aguentei. "Ai, deixe estar, ele só quer brincar e não faz mal, ela ainda não tem cio." Como não faz mal? Como não faz mal que um canastrão tarado de quatro patas viole a minha bebé de três meses só porque ela ainda não tem o cio? Felizmente, Cacau, a simpática (como lhe chamam), arregalou os dentes e fincou-os "docilmente" nas orelhas e pescoço do canastrão, de forma a que o mesmo nunca mais repetiu a graça. Fofa, a minha Cacau. Perante o olhar horrorizado da dona, dei-lhe umas festas, umas palavras de incentivo e dois biscoitos quando chegou a casa. Os homens são todos iguais é algo que ambas já sabemos.

No entanto, a melhor foi hoje de manhã.

A minha cadela é frequentemente apelidada de "maluca" só porque gosta de correr, saltar e vai cumprimentar toda a gente no jardim quando chega, ao invés de se deitar no chão a roçar as costas balofas no cócó dos outros cães. A minha cadela salta sebes como um cavalo de provas de saltos e é mais veloz do que qualquer um que tente persegui-la. Dá o dobro da volta ao jardim no dobro da velocidade, finta-os todos (uns quatro ou cinco, quando não são oito ou dez) e ainda salta por cima deles como se de um obstáculo se tratassem. Para apanhá-la são outros quinhentos. Por ela, brincaria ali de sol a sol, sem interrupções.

Hoje o cenário era semelhante. Cacau na frente, com quatro no encalço. Aparece outro e atravessa-lhe pelo o lado. Ela aumenta a velocidade, segue para uma zona do jardim onde não costuma ir e, quando dá conta, está lá em baixo, a relva desaparece sob as patas, passeio pela frente, com a estrada logo a seguir. Sem qualquer comando meu, "trava" de repente, cai e rebola pelo passeio, enquanto os outros vão todos para a estrada. Cacau regressa a correr para a relva, enquanto os outros donos estão na estrada a tentar trazer os respectivos para o jardim, sem grande sucesso. Devem ter ficado por lá uns bons dez minutos enquanto Cacau e eu ainda jogámos à bola na relva, sob os mornos raios de sol.

Os velhotes que assistiram tudo no banco do jardim felicitaram-me como a cadela viu imediatamente que não podia ir para a estrada e voltou para trás ignorando o facto de os outros por lá ficarem. "Foi emocionante"- nas palavras de um - "Ela assim que viu que tinha logo a estrada parou de tal maneira que caiu e depois saiu a correr!".

Ok, emoção a mais para um Domingo e dois senhores de setenta e muitos anos, tenho que concordar mas, ainda assim, quero ver agora quem é o próximo a dar palpites sobre educação.

Agora, com vossa licença, vou levá-la ao jardim para o passeio nocturno. Ela e a minha moral toda.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Ainda nas fexionistas


Só para nos entendermos,

Loja local ou loja de rua é loja do chinês, certo?

Obrigada.

sábado, outubro 08, 2011

Ainda nas ironias

Isn't it ironic

Que as (e os) "grandes" fashionistas que se apresentam na Moda Lisboa vistam dos pés à cabeça Zara, Bershka, Blanco e sabe lá Deus mais o quê?

(Ontem a Zara e afins do Chiado estavam repletos delas e deles as escolher os outfits para a ocasião.)

Todos comigo:

It's like raiiiiiiiiin on your wedding day
It's a free ride when you've already paid
It's the good advice that you just didn't take
Who would've thought ... it figures


terça-feira, outubro 04, 2011

Existe maior ironia

(e estou aqui a escrever e ainda a rir às gargalhadas)

Do que uma academia de dança, sublinho, uma academia de dança apostar em grande (quatro vezes por semana, em horário nobre) numa suposta "modalidade" crescente nos ditos ginásios e health clubs fast-fitness (analogia à fast-food), que não é nada mais nada menos do que uma forma bastante rasca e particularmente pobre de iludir os clientes, dizendo que têm aulas de dança nos ginásios?

Vejam só, o que os meus queridos ex-colegas irão esforçar-se para aprenderem isto, durante este ano. Uh uh!


*

Isto sim, é dançar! So you think you can dance quem mesmo? Pirouettes, jetés, deboulés, pops, boogaloo, power moves, ganchos e volteios para quê?

Vão lá todos Zumbar!

Agora, versão dança da chuva:


* Não resisti em escolher logo a coreografia com esta escolha musical. Foi um fim do ano lectivo muito premonitório.