quinta-feira, junho 25, 2015

Canta, filha




Aquelas pessoas que acordam com um alto enorme e cor-de-rosa e dor na testa, encontram uma borbulha (A partir dos 35 é que deu para isso.) e passam a manhã a maldizê-la, para chegar a esta hora e lembrarem-se de que, ontem à noite, enquanto tentavam colocar uma caixa de arrumação na prateleira, a escova de cabelo de cabo de madeira caiu mesmo em cima da testa, com a parte de baixo do cabo a atingir a zona da pobre e injustiçada borbulha, qual bala perdida que uma pessoa só dá por ela depois de sentir a dor perfurante.*

Isto numa perspectiva de exercício de reflexão, claro. Aquelas pessoas porque a minha testa está longe de parecer um campo lunar em alerta vermelho.




* Sem falar no facto de terem perdido boa parte da manhã a fazerem limpezas de pele, máscaras e espremido toda a vitalidade de cada poro que parecia um pouco maior do que um átomo.

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